Moraes destaca foco na Lei Magnitsky em reuniões com o BC
Encontros visavam exclusivamente discutir aplicação da lei após sanções dos EUA.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relatou que as reuniões com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, abordaram exclusivamente a aplicação da Lei Magnitsky, que foi imposta pelo governo dos Estados Unidos contra ele.
A declaração do ministro surgiu após uma reportagem veiculada pelo jornal O Globo, sugerindo que Moraes teria defendido a aprovação da compra do Banco Master pelo Banco Regional de Brasília (BRB) em encontros com Galípolo.
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As reuniões ocorreram antes do BC decretar a liquidação do Banco Master por suspeitas de fraude, levando à prisão preventiva de Daniel Vorcaro, sócio do banco, que posteriormente obteve habeas corpus.
O escritório de advocacia Barci de Moraes, ligado à família do ministro, já havia prestado serviços ao Banco Master antes da liquidação.
Moraes também informou que se reuniu com representantes de várias instituições financeiras, incluindo Itaú, Bradesco, BTG, Banco do Brasil, Febraban e Associação Nacional das Instituições de Crédito para discutir as implicações da Lei Magnitsky.
“Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito”, afirmou em nota.
O Banco Central confirmou que os encontros abordaram os efeitos da legislação.
No dia 12 deste mês, o governo dos Estados Unidos anunciou a retirada das sanções econômicas da Lei Magnitsky, que atingiram Moraes, sua esposa, Viviane Barci de Moraes, e a Lex - Instituto de Estudos Jurídicos, também ligada à sua família.
As sanções haviam sido impostas pelo governo de Donald Trump, aliado de Bolsonaro, em retaliação aos processos conduzidos por Moraes contra o ex-presidente.
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